Concepção liberal de “bem-estar social

Saiba mais aqui

A moralidade basicamente nos diz para ficarmos fora do caminho uns dos outros, para nos abstermos de ferir os outros, para permitir a liberdade básica de cada um de nós, em vez de nos forçar a prover para os outros ou nos dizer como viver. Os indivíduos não têm obrigação moral de pagar pelos cuidados com a saúde de seus vizinhos – esse é o papel da caridade privada. A alocação de assistência médica torna-se uma função da capacidade dos mercados livres de fornecê-la e da capacidade dos indivíduos de pagar por ela.

A concepção liberal de bem-estar social supostamente decorre de ver a cuidados com a saúde como um bem social ou direito moral que o governo deve prover de forma a garantir que seja distribuído de forma justa e ninguém fique de fora. Essa visão parece envolver a noção de justiça distributiva, que tem a ver com a distribuição justa de bens e serviços na sociedade. Infelizmente, existem interpretações concorrentes da justiça distributiva.

Comumente citada é a frase que remonta a Aristóteles, “os iguais devem ser tratados igualmente e os desiguais de forma desigual”, mas isso não parece resolver o problema. “Todo mundo deveria receber sua parte da tarifa” também não encerra a discussão.

A justiça exige que todos recebam uma quantia igual em dólares para gastar em assistência médica (mesmo que as pessoas mais doentes precisem de mais, e a pessoa que vive mais do que o resto, ele não precisaria de mais?), que todos recebam o quanto quiserem (então, com recursos limitados, o governo ainda paga para quem quer um face-lift), ou que cada pessoa receba o suficiente para elevar sua cuidados com a saúde a algum padrão de normalidade (e como definir normalidade)? Ou as pessoas devem receber uma quantia com base em seu valor para a sociedade, quanto já contribuíram, e devem receber menos se a doença for parcialmente culpa sua (abuso de drogas, etc.)?

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *